Por Carlos Roberto Francisquini
Uma decisão da Justiça da Comarca de Cambará suspendeu pelo prazo de 180 dias os processos que tramitam na Corte local, movido pelo Ministério Público do Paraná.
José Salim Haggi Neto (MDB) teve seus recursos negados por todas as Cortes Superiores e o processo transitou em julgado no Superior Tribunal de Justiça (STJ) que decidiu pela condenação de perda dos direitos políticos e ao pagamento de multa que somados ultrapassa a casa dos R$ 200 mil pelo crime de improbidade administrativa pela prática de nepotismo.
O Juiz da comarca chegou a pulicar o oficio judicial direcionados ao Cartório Eleitoral e a Câmara Municipal pedindo o afastamento do prefeito, mas revogou a decisão acatando um recurso da defesa que alegou que não caberia mais punibilidade de perda de direitos políticos neste caso em que envolve o prefeito de Cambará.
O Ministério Público recorreu da decisão e o TJ-PR se manifestou, mantendo o pagamento da multa, mas não a suspensão dos direitos políticos.
Diante do impasse, a Justiça local decidiu por suspender o processo por mais 180 dias.
A informação foi repassada pelo Advogado Dr. Guilherme Gonçalves que defende o José Salim Haggi Neto neste processo.
“O processo todo está suspenso pelo prazo de 180 dias até que o Tribunal resolva nossa tese”, comentou Dr. Guilherme.
O advogado disse ainda que a liminar abrange também o pagamento da multa.
“Essa liminar suspende inclusive a possibilidade de cobrança da própria multa, portanto vai ficar para o ano que vem, aguardando o julgamento dos recursos, tanto do Ministério Público, quanto o recurso que apresentamos em defesa do Prefeito Haggi Neto”, frisou o advogado.
Decisão praticamente zera a possibilidade de José Salim Haggi Neto ser afastado do cargo por conta da condenação por nepotismo.
“Como eu tenho dito a bastante tempo, o Neto fica”, finalizou.
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