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Dia Internacional das Cooperativas: Roberto Rodrigues aponta cooperativismo como solução para desafios globais

Durante Summit Governança Sicredi, ex-ministro e ex-presidente da Aliança Cooperativa Internacional reconheceu maturidade e força do movimento que já reúne mais de 1 bilhão de pessoas no mundo

Carlos Roberto Francisquini
Por: Carlos Roberto Francisquini Fonte: Da redação
05/07/2025 às 19h24 Atualizada em 05/07/2025 às 19h32
Dia Internacional das Cooperativas: Roberto Rodrigues aponta cooperativismo como solução para desafios globais
Durante Summit Governança Sicredi, Roberto Rodrigues ressaltou protagonismo das cooperativas diante das transformações globais Créditos: Leandro Carvalho/Sicredi/Especial para o Jornal Circulando

 

Por Priscila Santos

 

Em um mundo em constante transformação e diante de desafios econômicos, sociais e ambientais cada vez mais complexos, o cooperativismo se firma como um pilar essencial para promover justiça social, resiliência econômica e desenvolvimento sustentável.

Hoje, o movimento reúne mais de 3 milhões de cooperativas no mundo, conectando cerca de 1 bilhão de pessoas. No Brasil, os números também impressionam: segundo o Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2024, o país alcançou 23,45 milhões de cooperados, gerou mais de 550 mil empregos e movimentou R$ 692 bilhões em 2023, com ativos totais que superam R$ 1,16 trilhão. Inspirado por esses resultados, Roberto Rodrigues — reconhecido pela ONU como embaixador do cooperativismo — destacou o papel estratégico do movimento durante o Summit Governança Sicredi 2025, realizado nos dias 2 e 3 de julho, em Foz do Iguaçu (PR). Para ele, esse modelo vai além da geração de resultados econômicos, pois contribui diretamente para a estabilidade social e o fortalecimento de vínculos locais.

Essa força transformadora ganha ainda mais relevância em 2025, quando o Dia Internacional das Cooperativas, celebrado em 5 de julho, acontece em paralelo ao Ano Internacional das Cooperativas, proclamado pela ONU.

No Brasil, a data marca o início de uma mobilização nacional liderada pelo Sistema OCB, que busca ampliar a visibilidade do setor e mostrar como as cooperativas têm papel ativo no desenvolvimento de milhares de municípios. Como ressaltou o ex-presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), Roberto Rodrigues, o cooperativismo brasileiro vive um momento decisivo para fortalecer seu protagonismo diante das incertezas globais.

“Hoje, o cooperativismo brasileiro é admirado, respeitado e amado pelo mundo todo. Isso mostra que o país tem uma capacidade extraordinária de liderar quando há vontade, decisão e determinação”, avaliou.

Durante sua participação no Summit Governança Sicredi 2025, Rodrigues destacou que o reconhecimento da ONU representa uma oportunidade estratégica para o setor cooperativista. O ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento lembrou que vivemos um período de intensas transformações no panorama internacional, com mudanças geopolíticas, polarização e o enfraquecimento de instituições tradicionais. Como exemplo, apontou que a perda de protagonismo da Europa pode abrir novas oportunidades para o Brasil, especialmente no agronegócio, em um cenário global marcado por insegurança alimentar, transição energética, mudanças climáticas e desigualdade social.

“Isso só pode ser combatido com o cooperativismo, que é a organização da sociedade civil capaz de solucionar tudo isso. Afinal, as cooperativas são o maior instrumento de paz e democracia, pois inclui quem está excluído e garante alimento, energia, emprego, renda e muitas outras coisas”, apontou.

Um modelo que transforma realidades

Ex-ministro destacou cooperativismo como resposta à exclusão social, às desigualdades e aos desafios do desenvolvimento sustentável Créditos: Leandro Carvalho/Sicredi/Especial para o Jornal Circulando 

 

O cooperativismo de crédito vive um momento de expansão no Brasil, se consolidando como uma das forças mais dinâmicas do Sistema Financeiro Nacional. De acordo com o relatório do Banco Central, o setor registrou um crescimento de 10% no número de associados em 2024, totalizando 19,2 milhões de cooperados em todo o país, com ativos totais crescento 21% e atingindo R$ 885,3 bilhões. Esse avanço reflete não apenas a confiança crescente da população nesse modelo, mas também sua capacidade de promover inclusão financeira em regiões muitas vezes desassistidas pelos bancos tradicionais.

Como primeira instituição financeira cooperativa da América Latina, o Sicredi integra esse cenário e já ultrapassa a marca de 9 milhões de associados no país. Ao valorizar o relacionamento próximo, a participação ativa dos cooperados e o compromisso com o desenvolvimento das comunidades, a instituição consolida sua relevância no fortalecimento do cooperativismo e no crescimento sustentável das comunidades em que atua. 

Esse olhar para dentro, que valoriza raízes firmes sem perder de vista a necessidade de adaptação, reflete a longa trajetória do cooperativismo brasileiro, que, ao longo de décadas, superou desafios regulatórios e estruturais para se consolidar como um dos pilares do desenvolvimento rural e econômico do país.

Com sua experiência de mais de 50 anos atuando no setor, Roberto Rodrigues conhece bem as dificuldades enfrentadas no passado, quando o crédito cooperativo era um conceito distante, limitado por regras rígidas que dificultavam o acesso ao sistema financeiro formal.

Hoje, esse modelo evoluiu para uma rede robusta, que amplia oportunidades, estimula a participação cidadã e contribui para o fortalecimento de vínculos locais, especialmente em regiões onde a presença institucional faz diferença no cotidiano das pessoas.

Para Roberto Rodrigues, o cooperativismo está diante de uma oportunidade histórica: consolidar seu papel como agente transformador em um mundo cada vez mais complexo e desigual.

“O jovem, por definição, é idealista, sonha com um mundo melhor e carrega no seu DNA valores que se alinham profundamente com os princípios do cooperativismo. Se conseguirmos mostrar a essa nova geração que as cooperativas são um instrumento real de mudança e inclusão, teremos mais jovens engajados. E é justamente a juventude que garante a continuidade e o futuro do sistema”, finalizou.

 

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